Insônia, impressões, Stephen King e Ramones. E sobre estar de volta.

LONDON, United Kingdom:  US author Stephen King is pictured at a press conference in London, 09 November 2006, as he prepares to launch his new book 'Lisey's Story.'  Horror author Stephen King said Thursday he was "the most relieved man" when he heard that United States President George W Bush's Republicans had suffered damaging defeats in mid-term elections. "Until yesterday, the most scary thing in the world for me was George W Bush," King told an audience in London, where he is promoting his new book, "Lisey's Story. " AFP PHOTO /BERTRAND LANGLOIS  (Photo credit should read BERTRAND LANGLOIS/AFP/Getty Images)

And the night when the wolves cry out…

E não é que cá estou escrevendo um post pro Jardim da Babilônia? Pensei muito sobre esse troço de blog (mentira, nem pensei taaanto assim) e acabei mantendo pra, vez em quando, descarregar um pouco o que assola essa tosca cabeça. Sigamos…

Engraçado como a gente sofre pressões muitas vezes impostas por nós mesmos sem sequer perceber. Explico. Fui, formalmente falando, professor de literatura de 2009 a 2014. E cada minuto do meu tempo era dedicado à leitura de clássicos, obras para indicação de leitura em sala ou mesmo livros sobre/de crítica literária, pra tentar (a-ham) enriquecer a sala de aula, ir além dos livros didáticos ou paradidáticos. Nesse embalo frenético, deixei de lado algumas paixões como quadrinhos, suspense, terror, literatura contemporânea, coisas menores para um professor dedicado ao ofício.

massaud

Massaud Moisés, brother de muitas noites

Que idiota! Claro, acredito mesmo que cumpri muito bem a minha missão no aspecto “ensino”. Mas deixei passar tanta coisa bacana. Não precisava ter me colocado (mais) esse peso. Com meu ritmo de leitura, dava pra ter lido de tudo sem pirar com nada – mas fazer as coisas sem mergulhar loucamente de cabeça nunca foram uma especialidade da casa. Então teve que ser assim e foi legal que tenha sido. Mas não precisava ter sido assim, sacou?

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Crumb foi um que voltou sem nunca ter saído

E eis que volto pro tema. Desde o fim de 2014, quando me vi sem ocupação formal com o ensino de literatura, libertei-me. Voltei pra leituras que sempre amei, continuei com alguns que descobri e mantive os de sempre. Devorei quadrinhos como nunca (agora, aqui, penso até em publicar impressões separadas sobre algumas coisas bem lindas que li), devorei contos, devorei autores “não acadêmicos”, poesia marginal, poesia urbana, grafite… E num belo dia, fuçando uma livraria, me dei conta que não possuía um livro sequer de um dos meus autores favoritos: Eu não tinha nada do Stephen King!

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Boo!

Já tinha lido alguns contos, já vi inúmeros filmes baseados em seus escritos. Mas LIVRO mesmo eu não tinha nenhum. Ato contínuo, lá fui eu garimpar. Queria uma coisa nova (embora tenha babado com a seleção de contos que viraram filmes, “Sombras da Noite”, ou mesmo a série de ensaios com suas impressões sobre o terror na literatura e no cinema, “Dança Macabra”), que não conhecia. Vi a série “A Torre Negra” e achei interessante ler. Mas queria ter certeza que iria encarar (são oito livros, alguns beeeeem grandinhos, e não sou de começar e parar leituras). Até que dei de cara com este Insônia (ed. Objetiva / Suma de Livros, 704 páginas). Funciona como espécie de “prólogo” pra Torre Negra ao mesmo tempo em que é uma história autônoma. E bem interessante.

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Os delírios de Raplph Roberts e as elucubrações Del Rover

Aquele jeito “Stephen King” de contar histórias a gente reconhece de cara. Detalhes aparentemente sem sentido, que tornam a narrativa até arrastada – mas que você sabe que serão decisivos lá na frente. Quando você vê, já passa das 100 páginas e vai indo sem se dar conta, tragado. Que delícia de leitura. Sem mesuras, sem frescura, sem peso. A leitura que eu gosto: prazerosa porque me faz bem. A leitura que me faz querer mais. A leitura que fez muito do que eu sou.

Olá, senhor King. Senti saudades…

Ramones e Stephen King. Mais uma das coisas que o rock and roll me deu… Essa cena inicial do com a música é antológica, pra mim. Taí, preciso rever esse filme…

Sobre Rodrigo Cavalcanti

The lunatic is on the grass...
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3 respostas para Insônia, impressões, Stephen King e Ramones. E sobre estar de volta.

  1. Aeeee!!! The king is back! All hail the king!
    Pois eu nunca li um livro do Stephen King. Só coisas isoladas. Contos, basicamente. Vou ler. Prometo.

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